A vacina contra a Aids parece estar cada vez mais próxima de ser desenvolvida, uma esperança não só para quem está saudável, mas também para os 34 milhões de pessoas que sofrem com a doença em todo o mundo (sendo entre 250 e 300 mil só no Brasil).
Talvez o maior passo já dado até hoje tenha sido o experimento realizado por pesquisadores dos Estados Unidos que reduziu 80% do risco de infecção em macacos expostos a uma das formas mais letais do vírus SIV, uma espécie muito similar ao HIV. O anúncio foi feito nesta quarta-feira (04) e publicado na prestigiada revista Nature.
Outro mérito da nova vacina foi o fato de ter reduzido bastante a carga viral dos animais que já estavam contaminados e de ter ajudado a identificar um mecanismo do sistema imunológico eficiente na proteção contra vírus como o da Aids, os chamados “envelopes” de genes. Os testes em humanos já devem começar em janeiro de 2013, o que pode ser considerado um prazo muito curto em comparação a outros experimentos e indica o quão entusiasmados estão os cientistas que o desenvolveram.
Até então o resultado mais animador na busca por uma vacina anti-HIV foi obtido em 2009, num estudo com 16 mil pessoas na Tailândia que havia reduzido em 31% o risco de contaminação entre o grupo pesquisado. A nova vacina usou versões enfraquecidas do adenovírus (causador do resfriado) e do vírus da varíola, que serviram de veículos para o antígeno do SIV.
“As vacinas que testamos tinham uma amplíssima experiência na prática clínica, o que significa que a transição do trabalho com animais para o trabalho com humanos será muito fácil”, disse Nelson Michael, diretor do Programa Militar de Pesquisas com o HIV, no Instituto Walter Reed de Pesquisas do Exército dos EUA. Michael havia participado das pesquisas desenvolvidas na Tailândia.
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