Em outubro próximo, o Ceará já somará mais de seis milhões de eleitores. Eles serão os responsáveis pela eleição dos 184 prefeitos e pouco mais de dois mil vereadores no dia 7 de outubro. Oficialmente, os candidatos só estarão oficializados em junho, data definida no calendário das eleições elaborado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mas já é considerável a mobilização feita por algumas lideranças partidárias ou, isoladamente, por pretendentes às prefeituras, notadamente nos municípios de maior expressão econômica e populacional, a começar pela Capital cearense.
O governador Cid Gomes (PSB), em recente entrevista ao programa "Questão Aberta", da TV Diário, descartou a possibilidade de tratar da sucessão municipal, em Fortaleza, logo agora, no início do ano, segundo o calendário do PT, comprometido em escolher o seu candidato à sucessão da prefeita Luizianne Lins, por todo este mês de janeiro. Ele deixou claro que, sendo oficialmente comunicado da escolha do nome petista vai aguardar o momento oportuno para abordar o assunto com os seus correligionários e com as outras lideranças partidárias integrantes da base aliada.Em outras palavras, o governador disse não ser o seu calendário da sucessão municipal, o definido pelos petistas, afirmação feita em outra oportunidade, por um dos principais articuladores do Governo, no caso o deputado estadual Ivo Gomes, atualmente chefiando o Gabinete governamental, no Palácio da Abolição, para onde se dirigem todos os representantes dos partidos da coligação governista.
Outra declaração de Cid Gomes, na entrevista citada, a merecer uma avaliação diferenciada de todas quantas foram feitas até agora, é a de estar sentindo ganhar corpo, no seu partido, a tese defendida pelo ex-ministro Ciro Gomes, segunda a qual, o PSB deve ter um candidato próprio à Prefeitura de Fortaleza. E ele, como presidente do partido, entende estar compelido a avaliar esse novo momento, ao tempo que entende ser absolutamente normal qualquer dos outros grêmios aliados ter o seu próprio representante da disputa pela chefia do Executivo municipal de Fortaleza.
Interesse
O sentimento de que se o PSB cearense não apoiar o candidato petista geraria um estremecimento nas relações políticas do governador com a estrutura do Poder nacional, já não mais existe, principalmente após os discursos de influentes dirigentes do PT, descartando essa situação, ao afirmarem o interesse de, independentemente dos confrontos locais, manterem-se aliado no plano nacional, em defesa do Governo da presidente Dilma e em apoio à sua reeleição.
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