Ceará é o 2º em óbitos por dengue em 2012
O Ceará é o segundo Estado com maior número de óbitos em 2012, com 32, apesar da redução do ano passado para cá de 30 mortes. O Estado também tem o segundo maior número de casos notificados neste ano. Foram registrados 54.591. No Ceará, três municípios estão em situação de risco de epidemia para 2013, são eles Quixadá, Tejuçuoca e Baturité. Já as cidades de Caucaia, Tauá, Canindé, Horizonte, Quixeramobim, Parambu, Pacatuba e Crateús têm estado de alerta.A conclusão é do Levantamento de Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa) divulgado, ontem (27), pelo Ministério da Saúde. Quixadá teve o maior índice, com 6,3%, o que significa que de 100 casas, seis apresentaram foco do mosquito. Tradicionalmente, o município tem índice de infestação alto, mas com poucos casos, segundo o coordenador de Promoção e Proteção à Saúde da Secretaria da Saúde do Estado (Sesa), Manoel Fonsêca. "Funciona como um alerta", pontua.
Os municípios classificados como de risco apresentam larvas do mosquito em mais de 3,9% dos imóveis pesquisados. É considerado estado de alerta quando menos de 3,9% dos imóveis pesquisados têm larvas do mosquito, sendo que o índice é satisfatório quando está abaixo de 1% de larvas do Aedes aegypti.
Em Fortaleza, o índice foi satisfatório, de 0,8%, mas isso não quer dizer que a Capital não venha a ter uma nova epidemia em 2013. É o que afirma o coordenador da Célula da Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Antônio Lima. Segundo ele, tudo depende da quantidade de chuva que a cidade receberá. "O índice de infestação foi feito quando Fortaleza estava em época de estiagem. Neste momento, não temos risco, mas podemos ter".
E a previsão é que o sorotipo DEN 4 volte a transitar pelo Estado, que foi o que causou a epidemia deste ano. Mas, como muitas pessoas adoeceram neste ano, a tendência é que não haja um surto em Fortaleza. Além disso, o mosquito adulto foi eliminado por meio de cinco ciclos de nebulização espacial (UBV) setorizada, o chamado fumacê, administrados em 2012 na Capital, portanto, não houve reprodução do Aedes aegypti.
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