terça-feira, 13 de março de 2012

Imóvel tem risco de desabar em Sobral 13.03.2012


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O Corpo de Bombeiros fez uma vistoria no prédio e condenou as instalações. Construído em 1981, o imóvel está inseguro para habitação

Sobral. O Residencial Alba Carneiro, nesta cidade, está ameaçado de desabamento. O Corpo de Bombeiros fez uma vistoria no mês passado e condenou o prédio, construído em 1981. O laudo dos Bombeiros apontou para a necessidade imediata de interdição do residencial, localizado em frente ao Terminal Rodoviário de Sobral. Segundo os técnicos dos Bombeiros, o Alba Carneiro não tem mais condições de moradia, uma vez que há infiltração generalizada. "O Residencial Alba Carneiro tem colapso estrutural", destaca o laudo do Corpo de Bombeiros.
O Ministério Público Estadual (MPE) deu um prazo de 30 dias para que as 20 famílias, que ainda residem no imóvel, se mudem e desocupem o prédio, que deverá passar por uma reforma total. O prazo se vence amanhã, e as 20 famílias ainda continuam no Residencial, alegando que não tem para onde ir.
Um dos autores do laudo dos Bombeiros, capitão Mardens, destaca que o residencial precisa imediatamente de ser lacrado com segurança para que as famílias não voltem para lá. Ele lembra que o prédio sofre ameaça de desabamento e aponta, ainda, que a reforma "talvez não seja a medida mas correta, e sim a implosão", destaca.
Os moradores que insistem em ficar não quiseram falar. O residencial, na verdade, é uma área com três blocos e possui 120 apartamentos, mas, mesmo com assim, 20 famílias continuam morando no lugar.
"Entendemos o problema social, mas estamos aqui para preservar a vida dessas pessoas. Todos devem sair. Sabemos das dificuldades de conseguir moradia em Sobral. Não queremos desabrigar ninguém, mas proteger a vida das pessoas", destaca o capitão Mardens.
O residencial chegou a fazer um levantamento para a reforma e, pelos cálculos, são necessários R$ 1,2 milhão para a recuperação. "É dinheiro suficiente para construção de outra edifício", afirma o capitão Mardens, recomendando a demolição da atual estrutura do prédio.
Emergencialmente, cada família teria de regularizar o pagamento do condomínio, no valor de R$ 400,00, e também juntar R$ 3 mil para recuperar o teto. "Os moradores não conseguiram nem este dinheiro, imagine a quantia para recuperação total de mais de um milhão. Então, recomendamos que eles saiam logo", reforça capitão.
O prédio, segundo os Bombeiros, não tem condições de esperar por recuperação. "Onde se toca nele, cai pedaço de parede. Ele está todo oxidado e há perigo iminente de incêndio em todas as partes. Há um colapso estrutural", relata o laudo.
Com as últimas chuvas, o quadro piorou. A infiltração é visível em todos os três blocos. A parte da varanda de cada apartamento está com o reboco aos pedaços. Há problemas também visíveis nas lajes e nas caixa d´água.

"Há rachaduras em toda a estrutura. Ali, nunca foi feita uma manutenção e a situação está no limite de uma tragédia", adverte o capitão Mardens. 

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