Uma reportagem publicada na edição desta sexta-feira (4) da revista 'The Economist' afirma que o câncer deve reduzir a participação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições municipais de 2012, mas dar, por outro lado, mais peso a suas indicações de candidatos.
A reportagem intitulada 'Uma nova batalha para Lula' analisa as implicações políticas do diagnóstico do câncer do ex-presidente, que começou a fazer tratamento de quimioterapia no hospital Sírio Libanês, em São Paulo, nesta semana.
'Tirando uma recuperação impressionante, os candidatos do PT em 2012 terão de fazer campanha sem ele (Lula)', avalia a revista.
'Mas as palavras que ele proferir serão difíceis de ignorar. O sentimento de solidariedade com ele dará mais peso às suas indicações de candidatos e pedidos de unidade na coalizão.'
O artigo rejeita as alegações, feitas por críticos, de que a atual presidente, Dilma Rousseff, discípula de Lula, age na sombra de seu mestre. 'Ela pode facilmente permanecer de pé nas próprias pernas', afirma.
'O seu forte desempenho afastou a ideia, e o próprio Lula já disse que apoiaria a sua reeleição em 2014.'
Sobre a possibilidade de o próprio Lula sair candidato nas próximas eleições presidenciais, como, segundo a revista, têm sugerido diversos membros do PT, a reportagem diz que esta hipótese fica mais distante - por enquanto - com o câncer de Lula.
'Como Dilma Rousseff mesmo comprova, sobreviventes de câncer podem ser eleitos presidente do Brasil. Mas embora os médicos de Lula digam que o prognóstico dele é 'muito bom', tais vozes agora devem ficar em silêncio - pelo menos por enquanto.'
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