Pesquisa divulgada nesta
quinta-feira (29) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea)
com base em dados de 1995 a 2011 demonstra que os investimentos do
Governo Federal, dos estados e dos municípios são influenciados pelo
calendário eleitoral.
Isso significa que o ano que começa agora, ano de eleições estaduais
e municipais, é o fim das vacas magras para o Ceará e os demais Estados
brasileiros. Os gastos públicos aumentam no ano de pleito e no ano
seguinte há contenção das despesas, como aconteceu em 2011.
“Os anos subseqüentes às eleições presidenciais e dos governadores
estaduais normalmente coincidem com quedas muito fortes da taxa de
investimento público, relacionadas a programas de ajustes fiscais, que
posteriormente são revertidas no decorrer do ciclo eleitoral”, descreve
o comunicado do instituto.
Além da eleição estadual e federal, os municípios também são
influenciados pelas eleições para prefeitos e vereadores, o que
acarreta em um ciclo bienal de expansão e contingenciamento de gastos.
Na avaliação do economista Gil Castello Branco, do site Contas
Abertas (especializado em gastos públicos), o ciclo de expansão e
contingenciamento do orçamento é ruim por causa da descontinuidade e
faz com que obras fiquem paradas. Além disso, “fica claro que o ritmo
está mais relacionado ao interesse político do que ao interesse
público".
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