quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Desemprego de julho é o menor desde dezembro


RIO DE JANEIRO, 25 de agosto (Reuters) - O desemprego brasileiro diminuiu em julho, registrando a menor taxa para esse mês desde o início da série histórica, em 2002.
Apesar disso, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) ressaltou que com a economia doméstica menos aquecida, a redução na taxa se dá de forma gradual e ainda não encontrou o seu momento de inflexão, que é caracterizado por uma queda pronunciada.
A taxa ficou em 6 por cento em julho, ante 6,2 por cento em junho, informou o IBGE nesta quinta-feira. Foi também a menor taxa mensal desde dezembro. Economistas consultados pela Reuters projetavam estabilidade em 6,2 por cento.
'O mercado de trabalho ainda não se aqueceu significativamente para atender a procura e a demanda de desempregados. O movimento se dá a passos lentos', disse o coordenador do IBGE Cimar Azeredo.
'A desocupação só vai ceder quando gerar postos de forma significativa, e parece que o mercado não está aquecido. As empresas não estão num processo de expansão que é normal nessa época. Normalmente, elas começam a se preparar para uma produção e um escoamento dela no segundo semestre, mas isso não aconteceu.'
Apesar do ritmo lento, os números do mercado do trabalho ainda bastante favoráveis, ressaltou.
A taxa média de desemprego neste ano está até julho em 6,3 por cento, contra 7,3 por cento no mesmo período de 2010.
'Como a tendência do segundo semestre é de taxas cada vez menores , mesmo que essa redução não seja significativa, a tendência é que a taxa média esse ano seja menor que em 2010', afirmou Azeredo.
Outro dado relevante foi o aumento forte na contratação de empregados com carteira de trabalho assinada, com alta de 1,2 por cento mês a mês, puxada por São Paulo.
O número de trabalhadores ocupados em julho totalizou 22,476 milhões de pessoas, alta de 0,4 por cento sobre junho e de 2,1 por cento ante julho de 2010. Os desocupados somaram 1,444 milhão de pessoas, queda mês a mês de 2,1 por cento e recuo anual de 12,1 por cento.
O rendimento médio real do trabalhador ficou em 1.612,90 reais, maior valor para um mês de julho desde 2002, registrando alta de 2,2 por cento contra junho e de 4 por cento ano a ano.
'O poder de compra está mantido e isso é bom para o consumo.'
O número menos positivo do relatório de emprego veio da indústria. O setor reduziu o quadro de empregados em 1,3 por cento. Muitos indústrias brasileiros tem reclamado do dólar b

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