A conta de energia que o consumidor recebe em sua casa deveria estar pelo menos 20% mais barata se o custo dependesse apenas de distribuição, o que representa em média 25% do valor total dos boletos cobrados. Segundo o presidente das empresas de energia Rio Grande Energia (RGE) e CPFL Paulista, Wilson Ferreira Junior, as empresas que distribuem energia melhoraram seu nível de gestão nos últimos 12 anos e conseguiram reduzir os custos em 50%.
Ferreira Júnior explicou que a redução não foi possível porque no mesmo período os impostos e o nível de investimentos se elevaram. “Os encargos setoriais quadruplicaram e o sistema elétrico brasileiro era precário. Foi preciso investir em transmissão”, explicou. Geração e transmissão de energia equivalem a 35% do valor da conta, enquanto os impostos e encargos setoriais equivalem a 40% do preço, segundo o presidente da Energisa Paraíba, Marcelo Silveira da Rocha.
As informações foram divulgadas durante a 20ª edição do Prêmio Nacional da Qualidade (PNQ) concedido pela Fundação Nacional da Qualidade (FNQ). Entre as premiadas com as melhores práticas de gestão está a Companhia Energética do Ceará (Coelce). O presidente da empresa, Abel Rochinha, explicou que o investimento em linhas de transmissão e os impostos compensaram a melhoria nos sistemas de gestão das empresas de energia. “As empresas de distribuição são responsáveis pela entrega da energia, mas o reajuste não depende só delas”.
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