O governador do Ceará, Cid Gomes, quer uma solução local para as eleições de 2012, mas não descarta a necessidade de buscar mediações de peso, em caso de impasse na escolha do nome da aliança para a sucessão de Luizianne Lins. A declaração do presidente estadual do PSB foi dada nesta terça-feira (25), em entrevista ao programa "Debates do Povo" na rádio O Povo/CBN.
Cid defende a manutenção da aliança entre PT e PSB e reconhece a prerrogativa dos petistas de lançarem um candidato para a disputa, com apoio da base. Entretanto, defende o diálogo para a consolidação de um nome. "Se eu quero preservar uma aliança, o mínimo que se pode fazer é manter os espaços. O natural é que o candidato seja do PT, mas temos uma conjuntura que tem que ser levada em conta. Não vamos resolver a eleição em Fortaleza no tapetão", alertou.
O chefe do Executivo estadual afirmou que "multiplicará exponencialmente" seus esforços para preservar a coligação na capital cearense. Novamente enfatizando a importância de um acordo, Cid pediu que se faça uma avaliação "como gente civilizada" do quadro político. Aproveitou para citar os nomes da presidente Dilma Rousseff e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como mediadores de uma possível indefinição.
"Que seja um nome que inspire na população confiança. Se é esse o caminho, a gente senta, como gente adulta e civilizada, e discute a melhor forma de fazer isso com mediações. Nós temos mediadores importantes como o Lula, como a presidente Dilma", disse o governador cearense. Cid também avisou que "todo mundo tem que abrir mão das vaidades, das arrogâncias, das prepotências" na procura por uma candidatura de consenso e que tenha compromisso e projetos para o desenvolvimento de Fortaleza.
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