terça-feira, 22 de janeiro de 2013


Acelera, Dilma! Acelera!


Na última sexta-feira, 18, durante visita ao Piauí, a presidente Dilma Rousseff reafirmou uma promessa: acabar com a extrema pobreza da nação até 2014. Para alcançar essa meta, o Governo Federal se ancora em dois programas: o Bolsa Família e o Brasil Carinhoso. Este último, mais abrangente em termos de política social, já que, além de incrementar a transferência de recursos, tem o objetivo de fortalecer a educação e a saúde de crianças entre zero e seis anos, com a oferta de novas creches e a distribuição de medicamentos.
A parte que diz respeito ao dinheiro vem sendo cumprida com certo sucesso.  Mas e quanto toda a estrutura educacional necessária para romper de vez o ciclo de miséria no Brasil? Quantas novas unidades de ensino infantil foram construídas ou estão em execução graças ao programa? No Ceará, por exemplo, não se têm notícias. Esse é só um caso que demonstra a letargia de projetos tocados pelo Executivo.
O Brasil Carinhoso e muitas outras iniciativas elaboradas e divulgadas nos dois primeiros anos da atual administração petista figuram mais como peças de marketing do que como efetivas ações para o crescimento do País. Se a indústria vai mal, por exemplo, tira-se da cartola o plano Brasil Maior. Vem o PIB e o crescimento patina na casa de 1%. E é assim em relação a vários outros problemas do Brasil. Dilma inventou um projeto para cada um deles e, resultado que é bom, ninguém vê.
Sem falar nas grandes obras que se arrastam há anos e poderiam garantir um desenvolvimento sólido da nação. A transposição do Rio São Francisco ainda é promessa longe de ser cumprida. Iniciada em 2007, a mega intervenção teve como prazo inicial de entrega o ano de 2012. O percentual de execução, no entanto, ainda está em 43%. Fruto da falta de planejamento e de responsabilidade com os recursos públicos.
No mesmo evento citado no início deste artigo, Dilma chegou a utilizar um provérbio para fazer uma avaliação de seu governo: “Se você quiser ir mais rápido, vá sozinho; se você quiser ir mais longe, vá acompanhado”. A depender de algumas companhias, a petista talvez não consiga chegar aonde almeja. Em relação à velocidade, o discurso de cautela não pode virar desculpa para a inoperância. O Brasil já esperou demais, presidente.

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