Chuvas de março no estado do Ceará ficaram 51,4% abaixo da média histórica do mês. Principais quedas ocorreram nas macrorregiões Jaguaribana, Litoral do Pecém e Sertão Central/Inhamuns. O mês de março apresentou queda brusca na quantidade de chuvas em todo o Ceará, em comparação com a média histórica do mês. Segundo dados da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), o último mês registrou 113,8 milímetros (mm) de chuva, ficando abaixo da média, que é de 234mm, o que representa redução de 51,4 %. Os números são parciais, já que a chamada quadra chuvosa termina somente em maio.
Todas as oito macrorregiões do Estado apresentaram redução na média de precipitações no período. As maiores quedas ocorreram nas macrorregiões Jaguaribana (75,7%), Litoral do Pecém (60,9%) e Sertão Central/Inhamuns (58,5%). No mês de fevereiro, as chuvas tinham ficado ligeiramente acima da média. Em partes, essa irregularidade era prevista pela Funceme, que, em janeiro, apontou 40% de probabilidade da quadra chuvosa ser em torno da média e 35% de ser abaixo da média.
Segundo os meteorologistas do órgão, a diminuição é consequência de configurações desfavoráveis na porção equatorial do oceano Atlântico, onde a temperatura de superfície do mar está resfriada na parte sul. Essa configuração não permite a aproximação da Zona de Convergência Intertropical, principal sistema meteorológico que atua no Ceará nessa época do ano. Os especialistas, porém, preveem uma melhora do quadro no restante de abril e em maio.
“A gente não esperava que ficasse tão abaixo da média em março, mas em fevereiro ficou um pouco acima. Realmente há uma grande irregularidade, tanto de tempo, como de espaço”, explica a meteorologista da Funceme, Gabriela Lameu. Segundo ela, tradicionalmente abril é o mês que registra mais chuvas no Ceará. A meteorologista diz que, ao fim do período, as precipitações devem ficar dentro da média no Estado como um todo. Porém, em algumas áreas, como no Sertão Central, já é possível prever índice abaixo da média.
Quanto aos recursos hídricos, o acúmulo total de água nesta quinta-feira (12) estava em 70,1% (12 bilhões de metros cúbicos) nos 138 reservatórios monitorados pela Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh) em parceria com o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs).
Quatro açudes continuam sangrando: Muquém, Valério (ambos na Bacia do Alto Jaguaribe) Junco e Tatajuba (ambos na Bacia do rio Salgado). Outros seis reservatórios estão com capacidade acima de 90%, entre eles o açude Gavião, na Região Metropolitana de Fortaleza.
Quando
ENTENDA A NOTÍCIA
A quadra chuvosa vai de fevereiro a maio. Em fevereiro, choveu 5,5 % acima da média. Em março, porém, houve queda de 51,4% em relação à média histórica do mês. A Funceme prevê que, até o fim da quadra, as chuvas ficarão dentro da média no Estado.
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