Crise nos Transportes afeta recuperação de estradas no Ceará

Em meados de maio, o governador Cid Gomes e o ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, trocaram farpas. No centro da polêmica, rodovias federais intransitáveis, com buracos que reduziam a 5 km/h a velocidade dos veículos. As críticas do chefe do Executivo foram rebatidas pelo ministro amazonense. No mês seguinte, visitou o Ceará, e anunciou pacote de obras para recuperação das estradas, mas as recentes denúncias no Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes podem prejudicar as metas.Quando Nascimento esteve no Ceará, Pagot o acompanhou, explicou os investimentos e detalhou obras. O gestou garantiu que oito rodoviais federais seriam contempladas, incluindo as BRs 116, 222 e 020. Apenas o ministro Alfredo Nascimento se manteve em pé.A crise na pasta aumentou com a publicação de uma matéria na revista Veja. A cúpula caiu: Mauro Barbosa, chefe de Gabinete, Luiz Tito Bonvini, assessor especial, José Francisco das Neves, diretor-presidente da Valec, e Luis Antônio Pagot, diretor-geral do Dnit.A turbulência em Brasília também pode balançar o Ceará. A prometida recuperação de 77,4% das rodovias federais do estado pode esperar um pouco mais. Nascimento decidiu suspender por 30 dias todas as licitações de projetos, obras e serviços que estão em curso. O ofício foi encaminhado ao diretor-geral substituto do Dnit, José Sadok de Sá, e ao diretor-presidente interino da Valec, Antônio Felipe Sanchez Costa